O PRE-NATAL E SUA IMPORTÂNCIA PARA UMA GRAVIDEZ SAUDÁVEL

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O PRIMEIRO EXAME DA GRAVIDA
(CONSULTA PRE-NATAL)


Importância do pré-natal para uma gestação saudável:Conheça os principais exames e quando fazê-los


 por Camila Sotério - Equipe Coração e Vida

O pré-natal é o nome dado ao acompanhamento médico realizado pela mulher grávida. O objetivo é verificar mês a mês a evolução da gestação e identificar possíveis enfermidades, para que possam ser tratadas ou ao menos acompanhadas de perto pelo especialista.
A primeira etapa do acompanhamento é verificar como está a saúde da gestante e identificar possíveis enfermidades que possam comprometer a saúde da mãe e do bebê.
Foto: Shutterstock
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“O pré-natal tem por finalidade acompanhar o desenvolvimento fetal e rastrear possíveis anomalias materno-fetais. Além disso, durante as consultas, o obstetra orienta a gestante nos quesitos nutricional, atividade física e o mais importante que são as alterações fisiológicas que toda grávida irá apresentar durante os nove meses”, explica Luiz Fernando Leite, obstetra do Hospital e Maternidade Santa Joana.
Na primeira consulta, assim que a gravidez é detectada, o médico conversa com a paciente para começar a traçar seu histórico médico, identificar condições pré-existentes e solicitar alguns exames essenciais para checar enfermidades que possam afetar a gestação, como anemia, toxoplasmose, sífilis, entre outras.
Algumas doenças podem estar presentes sem dar sinais e não apresentarem risco para a mulher quando a mesma não está grávida. No entanto, na gestção, pode ser danosa tanto para ela quando para a criança.
A infecção urinária é uma delas, pois nem sempre a infecção vem acompanhada de dor e outros sintomas. Quando não tratada, pode até mesmo ocasionar o nascimento prematuro do bebê.
“Durante a gestação são realizados exames de sangue e urina no início e no final para afastar possíveis afecções ou infecções e assim poder tratar tudo que for possível para diminuir a morbidade materno-fetal. Normalmente, as infecções bacterianas e/ou virais podem afetar o bebê. Cabe ao médico diagnosticar, orientar e tratar sempre que possível e, assim, diminuir os riscos, tanto para a mãe quanto para o bebê”, observa o obstetra.
A mulher grávida realiza, em média, uma consulta por mês com o obstetra até o sétimo mês de gestação, quando então os encontros passam a ser de 15 em 15 dias e no último mês, quando o parto está mais próximo, semanalmente.
O Ministério da Saúde recomenda que se inicie o pré-natal assim que a gravidez for constatada e que sejam feitas, pelo menos, seis consultas durante a gestação.
“O objetivo dos exames é detectar prováveis doenças que podem ser corrigidas, acompanhadas e evitadas”, alerta o especialista.
Confira a seguir os principais exames, as doenças que detectam e sua importância para a saúde materno-fetal:
Exame de sangue
O exame de sangue é pedido na primeira consulta e mostra como está a coagulação da gestante, sistema imunológico, se há infecções e possível anemia. Como aumenta a produção de sangue na gravidez, o ferro do organismo é diluído, aumentando a pré-disposição para anemia nas mulheres nessa etapa da vida.
Glicemia
O exame de glicemia de jejum mostra a quantidade de glicose presente no sangue e pode indicar diabetes gestacional quando as taxas estão acima do normal. Quando isso ocorre, a gravidez é considerada de maior risco e requer um acompanhamento médico mais atento para evitar problemas para o feto e para a mãe.
Sorologia para HIV, sífilis, rubéola e toxoplasmose
Os exames, todos de sangue, detectam se a paciente tem uma dessas doenças ou se já teve contato com o vírus, no caso da rubéola e da toxoplasmose.
Para HIV e sífilis, o exame é pedido para o casal, para eliminar suspeitas da doença e evitar contágio durante a gravidez. Caso seja constatado que a mulher é portadora de um dos vírus, é feito um acompanhamento diferenciado, com o objetivo de diminuir os riscos para a mãe e para o bebê. A sífilis, por exemplo, pode causar problemas no sistema nervoso central e coração do bebê, já o HIV traz danos para o sistema imunológico.
Para rubéola e toxoplasmose, o risco é contrair as doenças na gestação, que podem ocasionar em cegueira, surdez e complicações neurológicas para a criança no primeiro caso e sequela e malformação do feto quando em contato com o vírus da toxoplasmose.
Fator RH
Quando a mãe tem fator RH negativo e o feto RH positivo pode ocorrer eritoblastose fetal. Isso acontece no momento do parto, quando os sangues da mãe e do bebê entram em contato, apresentando riscos para uma gravidez futura. Para que isso não ocorra, é ministrado um medicamento algumas horas após o nascimento na mãe. Mães RH negativo devem fazer o teste no primeiro trimestre da gestação.
Exame de urina
Indica se há infecção urinária, mesmo quando a mulher não apresenta sintomas. Na gravidez, quando não tratada, a infecção pode se espalhar para os rins e causar nascimento prematuro do bebê, além de riscos para a saúde da mãe. Também é solicitado na primeira consulta.
Ultrassonografia
Um dos exames mais conhecidos da gravidez não serve apenas para os pais poderem ver o bebê dentro da barriga, ele identifica o desenvolvimento do feto, possíveis anomalias, idade gestacional, se há mais de um feto, entre outras funcionalidades. São normalmente solicitados 4 exames durante a gestação, podendo ser solicitados mais de acordo com a avaliação médica.
7 a 9 semanas – o primeiro exame é solicitado com o objetivo de avaliar se o feto está realmente dentro do útero, verificar os batimentos cardíacos do bebê e se a gestação é única ou múltipla (gêmeos, trigêmeos).
11 a 13 semanas – no ultrassom morfológico do 1º trimestre são avaliados os sinais vitais do bebê, como está o desenvolvimento e a translucência nucal, que podem indicar sinais de problemas genéticos, como a síndrome de Down.
24 semanas – o ultrassom morfológico do 2º trimestre é um exame detalhado para identificar o desenvolvimento dos órgãos do bebê, posição da placenta e a partir da 16ª semana já é possível ver também o sexo da criança.
28 a 32 semanas – o último ultrassom, o morfológico do 3º trimestre, busca verificar o tamanho do bebê, posição, quantidade de líquido amniótico, além da maturidade e posição da placenta.
Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo








































































































































































Fonte:https://coracaoevida.com.br/importancia-do-pre-natal-para-uma-gestacao-saudavel/

GRAVIDEZ = um estado quase-patológico da mulher fértil.
  • Quando uma mulher e fértil ?
Uma mulher esta considerada fértil entre a menarca e a menopausa (totalmente instalada). Apesar de que a fertilidade pode ser presente desde 10 anos de idade, o corpo estará preparado por isso somente depois 18 anos.
O intervalo ótimo entre dois partos deve ser de pelo menos 2 anos, e, normalmente, o numero ritmo de partos e de 4
No mesmo tempo, esta aconselhável que a mulher não conceba mais depois 35 anos, porque o risco de conceber fetos com malformações ou com doenças genéticas aumenta progressivamente.
  • Quando consideramos uma mulher sendo grávida ?
Normalmente depois que constata o atraso da menstruação. E o momento que necessita uma conduta especial, quando vamos considerar já que trata-se de uma gravidez.
OS EXAMES DO PRIMEIRO TRIMESTRE
Metas:
  • Confirmação do diagnostico de gravidez
  • Cadastro da grávida
  • Idade da gestação
  • Calculo da data provável do parto
  • Avaliação do estado de saúde da grávida
  • A identificação do qualquer fator de risco
  • Estabelecer o plano de monitorar a grávida
SINAIS PROVAVEIS DE GRAVIDEZ:
  • pigmentação cutânea
  • pigmentação da línea branca abdominal
  • aumento das aréolas mamarias (nódulos Montgomery)
A ANAMNESE
  • Dados pessoais 
  • Altura e o peso da grávida
  • Pressão arterial
 Qual e a data da ultima menstruação?
Ajuda para calcular a dia provável do parto.
  • A gravidez foi desejada ou não ?
Muito importante. Uma grávida com gestação não desejada pode tentar um aborto, ou pode tentar abandonar a criança ou não prestar o mesmo interesse por sua gravidez. Também, podem surgir problemas sociais (conflito com a família, com o parceiro, com a comunidade)
  •  Alguma doença ginecológica, nutricional, genética, hereditária?
O histórico pessoal e muito importante
  • Algum procedimento foi efetuado em gestações anteriores?
Interessa especialmente:
  • Amniocentese
  • Cordocentese
  •   Biopsia de vilosidade corial
  • Dosagem de alfa-fetoproteina (usada para descobrir aneuploidias)
  • Fale também com o parceiro.
Ajuda estabelecer as relações entre os dois pais do produto de conceito, ajuda avaliar a implicação da gravidez e analisar a possibilidade das doenças genéticas
  • Quadro terminológico:
Utilizamos os sufixos “- gesta” e “- para”, com razão de definir o quadro obstétrico da mulher.
  • “- gesta” e para descrever o numero de gestações (que elas chegaram ou não ao parto, isto não importa)
  • “- para” descreve o numero de partos, seja elas com feto vivo ou não, mas que sejam com feto em possibilidade de viver. Então, ATENÇÃO !!!!!!!
  • Não incluem os abortos (feto embaixo de 22 semanas, embaixo de 500 g)
  • Não aumenta se a gravidez fosse gemelar
  • Não diminui se o feto, que teria sido viável, nasceu morto
Então, por exemplo:
Nuligesta, nulipara = nunca engravidou, nunca pariu.
Tercigesta, secundipara = engravidou três vezes (esta pode ser uma dentre elas) e pariu duas vezes
Tercigesta, unipara = engravidou três  vezes (uma delas pode ser agora), mas pariu somente uma vez. Provavelmente, um foi aborto.
CASO PRATICO:
Uma mulher de 40 anos, grávida, relata que e a quinta vez que engravida, mas que tem somente três crianças (um par de gêmeas e um menino). Relata que entre as gêmeas e o menino teve mais uma gravidez, mas o feto nasceu morto a oito meses, e que, antes de casar, teve uma gravidez não desejada, e que abortou tomando Cytotec.
Entao, ela e:
  • V-gesta (e a quinta vez que engravida)
  • III-para (porque nasceu um par de gemas (I) um feto viável morto (II) e o menino (III)
  • O resto ate V são um aborto (criminoso) e, eventualmente, o parto que vai seguir (ou não)
RESUMO: O QUE TEMOS ATE AGORA ?
Existe a possibilidade que a mulher seja grávida, já exploramos a compliança da mãe em relação com esse gravidez, temos as informações sobre algumas possíveis doenças herdadas ou não, já conhecemos o ambiente da parceria dos pais.
A inspeção
Prestem atenção ao:

1    COR DOS TEGUMENTOS
Uma leve anemia esta presente em todas as grávidas, já que o necessário de ferro e de acido fólico e maior.






2 EXTREMIDADES
Causada por mesma leve anemia, podemos achar vários defeitos que podem orientar sobre algumas deficiências de alimentação,  doenças metabólicas, consumo de tóxicos, etc.





3VARICOSIDADES E EDEMAS
Muitas mulheres apresentam um risco aumentado de desenvolver varizes (tromboflebites)
As edemas moderadas podem ser presentes, e não tem significancia patológica. Somente se existe o sinal positivo de edema tem que pensar n





4OS SEIOS
Atenção, a inspeção dos seios pode ser uma das mais importantes examinações que o medico faz. Observar:
  1. O tamanho das mamas
  2. Cor das aréolas





5A APALPAÇÃO DO CORPO UTERINO
A forma e a consistência do útero
O tônus muscular uterin






6MEDIDA DO FUNDO DO UTERO:
Entre a sínfise púbica e fundo uterino
A partir do segundo trimestre, entre a 18-a e a 32-a semana a medida do fundo do útero corela-se muito bem com a idade da gestação (1 cm = uma semana)





7MEDIDA DA CIRCUNFERENCIA ABDOMINAL
Também vai ser feita com uma régua têxtil, no nível do umbigo.
Se os valores da circunferência abdominal ou do fundo do útero são maiores que aquelas normais, poderemos considerar a possibilidade de gestação gemelar, fetos macrossomos, ou excesso de liquido amniótico.



A apalpação do útero avalia:
Consistência
Contractilidade
Movimentos fetais
A PELVIMETRIA
A pelvimetria serve para uma melhor apreciação do prognostico do parto:
  • Diâmetro bi-espinhoso
  • Diâmetro bi-crest
  • Diâmetro ântero-posterior externo
  • Diâmetro bi-trohanter
  • Rombo do Michaelis
  • Diâmetro BI-ESPINHOSO

8   9
Procure as espinhas ilíacas ântero-superiores e meça a distancia entre elas. O valor normal e de 24 cm.

2) DIAMETRO BICREST
0   Q
Identifiquem por apalpação os pontos mais externos do bacio e meçam. O valor normal e de 28 cm

3) DIÂMETRO ANTEROPOSTERIOR EXTERNO
W    E
E o diâmetro medido entre a sínfise e a apófise espinhosa da V-a vértebra lombar.

4) DIÂMETRO BI-TROCHANTERIANO:
R    T
A paciente fica com os pés em abdução, enquanto procuramos os trochanteros e medimos a distancia entre eles. O valor normal e de 32 cm.

6)   ROMBO DO MICHAELIS
Y          U

Superior:
Apófise da vértebra L5
Inferior:
Ponto superior da prega inter-nadegas
Laterais:
Espinhas ilíacas posterio-superiores

AS MANOBRAS DO LEOPOLD

1
A medicina brasileira reconhece somente quatro tempos das manobras do Leopold, enquanto a medicina européia acha que a primeira manobra e de acomodar a mão com o abdome de paciente.

VAMOS CHAMAR ISSO DE TEMPO 0




2TEMPO 1:
Delimita-se o fundo do útero e observa a posição do pólo fetal. Pode ser feito o rechaço fetal.
Pode sentir-se uma formação rotunda, dura, não depressivel (o crânio fetal)
Pode sentir-se uma formação maior, depressivel (a pélvis fetal)






3
TEMPO 2:
Visa determinar a posição fetal. Deslizam-se as mão do fundo em direção do pólo inferior. Tente localizar aonde esta o lado posterior do feto, para poder descrever a posição do feto na cavidade.
Durante a apalpação esta possível sentir ate os movimentos.





4

TEMPO 3
Avalia se qual pólo fetal fica na estreita inferior – isto e, avalia se a apresentação e cefálica ou pélvica. Se o pólo fetal esta faltando, possivelmente que a apresentação seja transversa.





5

TEMPO 4
Esta completando o tempo 3, explorando que tipo de reporto tem o feto com a estreita superior, e se a apresentação esta em cima ou em baixo da sínfise.





A AUSCULTAÇÃO DO CORAÇÃO FETAL COM O ESTETO PINARD
6São audíveis em volta de 20-21 semanas. Antes desta idade, somente com o sonar Doppler (10-12 semanas).







EXAMES DE LABORATORIO
  • SANGUE
  • Hemoglobina e o hematocrito – razão – descobrir qualquer anemia
ATENÇÃO POR MEDICO !
O volume do sangue materno aumenta no gravidez com 30-60% e o volume plasmático também aumenta, então, atenção ao diagnosticar anemias sem motivo.
Entaõ não pensa já que e anemia !
Os critérios para dignosticar a anemia à grávida são:
  • Hemoglobina mais baixa que 10 g/100 ml
  • Hematocrito mais baixo que 30%
  • O fator RH
O primeiro passo e determinar o fator Rh da mãe.
  • Se for positivo, esta tudo bem.
  • Se for negativo, (Rh -), vamos examinar o sangue do pai:
  • Se for negativo também, esta tudo bem
  • Se for positivo – ai, existe o risco de incompatibilidade feto-materna
  • A sorologia do sífilis (reação Bordet-Wassermann RBW)
E obrigatória ao cadastrar a gravida
Vai ter que ser repetida aos 28-32 semanas de gravidez
  • A sorologia por rubeola
A medicina brasileira leva em consideração solicitar esse tipo de sorologia
  • A sorologia por toxoplasmose
Causa importante de malformações cerebrais e oculares do feto, também muito freqüente no Brasil
  • A sorologia por herpesvirus
A incidência das infecções com herpes genital esta aumentando e tem um efeito muito serio por feto
  • Creatinina sérica
Útil especialmente por aquelas grávidas que tem risco de hipertensão arterial. Valores altos podem indicar lesão renal.
  • Glicemia
De máxima importância em descobrir o diabetes mellitus de gestação.
A avaliação do risco leva em consideração:
  • Histórico familiar
  • Antecedentes pessoais
  • Glicemia “em jejum”
Se a glicemia “em jejum” esta inferior a 85 mg/100 ml e a grávida não tiver nenhum fator de risco, o rastreamento e negativo e esta tudo normal.
7

  • Exames complementares:
Esses tipos de exames não podem ser solicitados por cada grávida, mas sim por aquelas que precisam obrigatório delas. Nesta categoria são:
  • O dosagem de alfa-fetoproteina do soro
  • Doppler-velocimetria
  • cardiotocografia
  • A biopsia de vilosidade corial
  • A amniocentese
  • A cordocentese
  • A amnioscopia
II. A URINA
A pesquisa de elementos patológicos e a sedimentoscopia e essencial, mas ainda mais importante e descobrir a existência de bacteriuria assintomática. E uma eventualidade infeliz, que pode resultar em pielonefrite oligosintomâtica
A bacteriuria sintomática esta definida se na urina da grávida tem pelo menos 105 UFC bactérias/ml. Tem que ser duas provas e a cultura tem que ser recolhida do meio do jato.
III. A ULTRASONOGRAFIA:
Deve ser realizada:
  • No primeiro trimestre entre 11-13 semanas:
  • Calcular a idade gestacional
  • Rastrear alterações cromossomiais (translucência nucal)
  • No segundo trimestre, entre 18-20 semanas:
Morfológica, avalia movimentos fetais, morfologia dos órgãos e possíveis malformações
ESTABELECER O RISCO DA GRAVIDEZ
Uma decisão difícil. Esta ou não esta a gravidez com risco? E, se for, como decidiremos isso?
Porque e importante ? Porque, considerando o risco da gravidez o atendimento pré-natal e bem diferente.
O mais usado e a sistema da Manitoba, baseado em pontos:
HISTORICO REPRODUTIVO
HISTORICO CIRURGICAL E MEDICAL
GRAVIDEZ ATUAL
IDADE:
<16 ANOS = 1
16-35 ANOS = 0
>35 ANOS = 2
CIRURGIA GINECOLOGICA EM ANTECEDENTES = 1
SANGRAMENTO?
<20 SEMANAS = 1
>20 SEMANAS = 2
PARIDADE:
0 = 1
1-4 = 0
>5 = 2
DOENÇA RENAL CRONICA = 1
ANEMIA (<10 G/100 ML) = 1
POSTMATURIDADE = 1
DUAS OU MAIS ABORTOS OU HISTORICO DE INFERTILIDADE = 1
DIABETES GESTACIONAL (A) = 1
HTA = 1
ROTURA PREMATURA DE MEMBRANAS = 2

HEMORRAGIA POS-PARTUM = 1
EXTRAÇÃO MANUAL DE PLACENTA = 1
DIABETES GESTACIONAL (B) = 3
POLIDRAMNIOS = 2
FETO PEQUENO = 1
FETO GRANDE DEMAIS = 1
DOENÇA CARDIACA = 3
GRAVIDEZ MULTIPLA = 3
TOXEMIA OU HIPERTENSÃO = 2
OUTRAS DOENÇAS (DE 1 A 3 PELA GRAVIDADE)
APRESENTAÇÃO PELVINA OU VICIOSA = 3
IZOIMUNIZAÇÃO RH = 3
CESARIA EM ANTECEDENTES = 2


TRABALHO ANORMAL OU DIFICIL = 2

TOTAL =
TOTAL =
TOTAL =
RISCO LEVE = 0 – 2
RISCO MODERATO = 3 – 6
RISCO GRANDE >/= 7
OUTRAS DOENÇAS (DE 1 A 3 PELA GRAVIDADE)
DOENÇAS RESPIRATORIAS
ASTM BRONSIC
1
TUBERCULOZA
1
EMBOLIE PULMONARA
3
DOENÇAS IMUNOLÓGICAS E ENDOCRINAS
 HIPOTIREOIDIA
1
HIPERTIREODIA:
  • EM ANTECEDENTES
  • DEPOIS A MEDICAÇÃO

2
3
DOENÇA VASCULAR DE COLAGENO
  • EM REMISSÃO
  • CONTROLADA
  • ATIVA
1
2
3
INFECÇOES:
  • COMPLEXO TORCH
  • PIELONEFRITE
  • OUTRAS INFECÇÕES GRAVES
3
2
3
EPILEPSIA:
  • ANTECEDENTES
  • MEDICADA
1
2
PERIODICIDADE DE ACOMPANHAMENTO DA GRAVIDEZ DE BAIXO RISCO:
  • Ate 28 semanas – mensalmente
  • 29-36 semanas – cada duas semanas
  • Mais de 36 semanas – semanalmente
A cada consulta prenatal a obstetra devera seguir um protocolo mínimo que seja:
  • Anamnese e exame físico geral
  • Peso e aferição da pressão arterial
  • Depois 18 semanas os movimentos fetais
  • Determinação do fundo do útero
  • Ausculta de batimentos cardiacos fetais
8
São audíveis em volta de 20-21 semanas. Antes desta idade, somente com o sonar Doppler (10-12 semanas).



Aos 30 semanas deve ser avaliada a apresentação fetal.
Com 28-32 semanas repetir o hematocrito, a sorologia do sífilis e do HIV.

RECOMENDAÇÕES QUE VAMOS FAZER Á UMA GRAVIDA SEM RISCO:
  • Evitar irrigações vaginais
  • Evitar atividades físicas prolongadas, pois o esforço prolongado aumenta a temperatura do corpo isso causando danos ao feto
  • Evitar os viagens nos primeiros 12 semanas (podem causar aborto) e depois 36 semanas (podem causar parto prematuro)
  • Não fumar. O fumo aumenta o risco de ter filhos com baixo peso, as vezes óbito fetal mesmo. O mecanismo seria um aumento na resistência na circulação placentar
  • Interromper o trabalho no ultimo mês do parto
  • Vacinação anti-tetano no terceiro trimestre (em razão de evitar o risco de tétano neo-natal)
  • Também, a vacina contra hepatite B, contra febre amarela ou contra raiva podem ser realizadas
  • Nunca não administrar vacinas com vírus vivo (tipo Sabin, rubéola, sarampo, etc).
  • O consumo de álcool e proibido. As mães alcoólicas podem ter filhos malformados e os abortos são muito freqüentes. Os fetos podem desenvolver o que se chama de “síndrome alcoólico fetal”.
O SINDROME ALCOOLICO FETAL
Entidade clinica resultando consecutivamente a etilismo da mãe, esta caracterizada pelo:
Fácies típico
  • Malformações
  • Retardo mental
FACIES:    
  • Lábio superior grande
  • Nariz pequeno e plano
  • Micrognatia
  • Microftalmia
  • Pálpebras curtas
MALFORMAÇOES:
Alem disso os fetos apresentam:
  • Defeitos cardíacos
  • Defeitos cerebrais
  • Defeitos da coluna vertebral
RISCO DE ABORTO:
Esta aumentado pelo consumo de álcool. Ate um consumo leve pode aumentar o risco..
RETARDO MENTAL:
O síndrome alcoólico fetal e a mais conhecida causa responsavel por retardo mental
A NUTRIÇÃO DA GRAVIDA:
Uma coisa bastante delicada, especialmente por causa do aumento normal do peso durante a gravidez.
O peso deve ser medico considerando mais que tudo o IMC (índice de massa corpórea) obtido dividindo o peso pregestacional ao quadrado da altura. Normal ele deve estar entre 20-25.
Claro que um IMC embaixo de 20 define uma grávida desnutrida, enquanto acima de 25 a grávida pode ser considerada obesa.
Esta muito importante dizer que a desnutrição da mãe não aumenta o risco de morte perinatala. Porem, existe um percentagem mais alto de neo-natos de peso baixo.
Não a mesma coisa pode ser dita em relação com as mães obesas. Neste caso o risco de parir fetos macrossomos e bem alto.
O ganho de peso esperado nas grávidas e:
  • 9 – 13 kilos por uma grávida normal
  • 7 kilos por uma grávida obesa
  • 9-13 kilos + diferença de peso ate uma grávida eutrófica por uma grávida desnutrida
 As necessidades calóricas aumentam com 10%:
  • 2500 kcal/dia caso gravidez
  • 2600 kcal/dia caso amamenta
Ao respeito da nutrição da grávida tem que entender as seguintes:
  • Existem princípios alimentares ou minerais que tem que ser suplementadas
  • Mesmo em falta, algumas doenças de carência não se instalam
  • O FERRO
E o único elemento que as grávidas não podem substituir somente pela dieta – porem, não exagera com o diagnostico de anemia. As maiorias das grávidas fazem um tipo leve de anemia ferropriva por causa de falta de ferro – por isso tem que fazer um tratamento de reposição do ferro:
  • 30-60 mg/dia em partindo do segundo trimestre e ate o fim da lactação
  • Caso que a mulher não amamentará tratamento de reposição deve ser feito ate 2-3 meses após o parto
FERRO
Ações terapêuticas.
Antianêmico.
Propriedades.
Os sais ferrosos são três vezes mais bem absorvidos que os férricos, e a diferença é acentuada nas doses altas. As variações dos diversos sais ferrosos têm pouco efeito sobre a biodisponibilidade. Assim, sulfato, fumarato, succinato, gluconato e outros sais são absorvidos em iguais proporções. Deve-se conhecer a quantidade total de cada preparado e não sua massa total. A maior vantagem do uso parenteral de ferro é a possibilidade de formar com rapidez reservas do elemento, que por via oral levariam meses a alcançar-se (por exemplo, em pacientes que receberam epoetina). O intestino delgado regula a absorção e previne a entrada de grande quantidade de ferro na corrente sangüínea.
Indicações.
Anemia ferropriva.
Posologia.
As doses devem ser individualizadas, já que a resposta da anemia ferropriva ao tratamento depende de vários fatores, entre eles a causa e gravidade da anemia, a presença de outras doenças e a capacidade do paciente para tolerar e absorver o ferro medicinal. A resposta à terapêutica com ferro é avaliada mediante o índice de produção de reticulócitos e a elevação da hemoglobina ou do hematócrito. Uma decisão sobre a efetividade do tratamento não deve ser tomada até serem transcorridas 3 a 4 semanas. O emprego profilático de ferro oral deve ser reservado para pacientes de alto risco: grávidas, fluxo menstrual excessivo, doadores de sangue e lactentes. Doses terapêuticas usuais: 200mg/dia (2 a 3mg/kg) em 3 ingestões diárias, baseando-se no conteúdo de ferro do preparado. Para prevenção: 15 a 30mg/dia. Oralmente, são mais bem absorvidos quando ingeridos em jejum. A aplicação parenteral deve ser reservada para indicações específicas (ver acima).
Reações adversas.
A intolerância aos preparados orais de ferro ocorre principalmente em função da quantidade de ferro solúvel presente no trato gastrintestinal e de fatores psicológicos. Pirose, náuseas, vômitos, mal-estar gástrico superior, constipação e diarréia. Com doses mais altas, são mais comuns náuseas e dor abdominal. Fezes escuras causadas pelo ferro. Hemocromatose, somente em pacientes com deficiência na absorção de ferro. Após a injeção intramuscular, podem ocorrer incômodos prolongados no local da aplicação, descoloração da pele e alterações malignas no local da injeção. A superdosagem de ferro é particularmente grave em crianças, razão pela qual é necessária atenção imediata caso se tenha ultrapassado 30mg/kg ingeridos. O tratamento é realizado com deferoxamina.
Precauções.
Deve-se ter especial cuidado em pacientes que possam desenvolver uma sobrecarga de ferro, bem como aqueles com hemocromatose, anemia hemolítica ou aplasia eritrocitária. No caso de falha na resposta ao tratamento, devem ser investigadas outras causas de anemia. Não convém usar ferro durante o primeiro trimestre de gravidez.
Interações.
O ferro forma quelatos com as tetraciclinas, diminuindo-se a absorção de ambos. A absorção de ferro é menor na presença de penicilamina e antiácidos. Pelas interações potenciais, convém separar por várias horas a administração de ferro e outros fármacos.
Contra-indicações.
Hipersensibilidade ao ferro. Pacientes com sobrecarga de ferro.
vitaminas
Atenção com as vitaminas.
  • Especialmente o ACIDO FÓLICO apresenta quedas nas grávidas, e parece que esta associado com defeito de tubo neural, e menos com a anemia megaloblástica que não aparece tão freqüente. Espinha bífida, onfalocele, anencefalia apareçam com maior incidência nas mulheres com carência que não fizeram tratamento de substituição.
A doze de reposição e de 0,8 mg diário.

ÁCIDO FÓLICO

Ações terapêuticas.
Suplemento nutricional antianêmico.
Propriedades.
O ácido fólico, após sua conversão em ácido tetraidrofólico, é necessário para a eritropoese normal e para a síntese de nucleoproteínas. Absorve-se quase completamente no trato gastrintestinal (a maior parte no duodeno superior), inclusive na presença de má-absorção, devido a espru tropical. Nas síndromes de má-absorção, a incorporação dos folatos da dieta diminui. Sua união às proteínas é extensa e armazena-se, em grande proporção, no fígado, onde também é metabolizado. No fígado e no plasma, na presença de ácido ascórbico, o ácido fólico converte-se em sua forma metabolicamente ativa (ácido tetraidrofólico) mediante a diidrofolato redutase. É eliminado por via renal e também por hemodiálise.
Indicações.
Estados carenciais de ácido fólico. Não deve ser administrado até haver-se descartado o diagnóstico de anemia perniciosa. A deficiência de ácido fólico pode originar a anemia megaloblástica e macrocítica, e glossite. A necessidade de ácido fólico pode aumentar em: anemia hemolítica, hemodiálise crônica, lactentes (de baixo peso ao nascer ou com mães com deficiência de ácido fólico). Síndrome de má-absorção associada com doenças do trato hepatobiliar ou do intestino delgado. Preventivo de falhas do fechamento do tubo neural. 
Posologia.
Como complemento dietético: 0,1mg/dia. Esta dose aumenta para até 0,5 a 1mg quando existem estados que produzem um aumento das necessidades. No espru tropical, é utilizada uma dose de 3 a 15mg/dia. Tratamento da deficiência: 0,25 a 1mg/dia até que haja resposta hematológica. Manutenção: 0,4mg ao dia. Doses pediátricas suplemento dietético: 0,1mg/dia. Aumenta-se a dose para até 0,5 a 1mg quando existem estados que produzem um aumento das necessidades.
Reações adversas.
Raras vezes ocorre toxicidade com função renal normal. Não foram descritos outros efeitos colaterais, além de reação alérgica (febre, erupção cutânea). Com grandes doses ocorre coloração amarela na urina, que não requer atenção médica.
Precauções.
Devido à pouca freqüência com que ocorrem deficiências de uma só vitamina B, normalmente são administradas associações. A administração parenteral só é indicada quando não é aceitável a administração oral. As necessidades são maiores na gravidez e no período de lactação.
Interações.
Os corticóides, o uso de analgésicos a longo prazo e os anticonvulsivantes do grupo hidantoína ou estrogênios aumentam as necessidades de ácido fólico. Os antibióticos podem interferir com o método para determinar as concentrações de ácido fólico e produzir falsos baixos resultados. O metotrexato, a pirimetamina, o triantereno e a trimetoprima atuam como antagonistas do folato por inibição da hidrofolato redutase. Aos pacientes aos quais estes medicamentos são administrados, deve-se utilizar folinato cálcico ao invés de ácido fólico. As sulfamidas inibem a absorção de folato e as necessidades de ácido fólico podem aumentar nos pacientes que recebem sulfasalazina.
Contra-indicações.
A relação risco-benefício deve ser avaliada na presença de anemia perniciosa (o ácido fólico corrige as anomalias hemáticas, porém os problemas neurológicos progridem de forma irreversível).

 

MATERFOLIC

Antianêmico
Uso adulto.
Apresentações.
Caixas com 30 comprimidos de 5mg.
Composição.
Cada comprimido contém: ácido fólico 5mg. Excipientes: avicel pH 101, lactose, polivinilpirrolidona, estearato de magnésio, açúcar, q.s.p. 1 comprimido.
Indicações.
Situações clínicas em que o MATERFOLIC está indicado: ginecologia e obstetrícia: complemento vitamínico durante a gestação e lactação; diminui a incidência de malformações do tubo neural; previne a deficiência de ácido fólico em pacientes que recebem anticoncepcionais por tempo prolongado; previne o aparecimento da displasia cervical. Hematologia: anemias hemolíticas e megaloblásticas: todas as anemias hemolíticas (anemia falciforme, talassemia, esferocitose) se beneficiam com o uso rotineiro de ácido fólico. Diagnóstico de carências de ácido fólico e vitamina B 12.
Contra-indicações.
É contra-indicado a pacientes com hipersensibilidade ao ácido fólico ou a pacientes com anemia perniciosa.
Precauções.
Ácido fólico não é terapia apropriada para anemia perniciosa e anemias megaloblásticas causadas por deficiência de vitamina B 12, portanto recomenda-se o tratamento associado de ácido fólico com vitamina B 12 para estas situações.
Interações.
O uso de certos anticonvulsivantes (difenilhidantoína) e anticoncepcionais orais podem interferir na absorção e armazenamento de ácido fólico.
Reações adversas.
Estão relacionadas à ingestão de doses elevadas (mais de 15mg/dia). Embora haja inúmeras comprovações de otoxicidade do ácido fólico, existem relatos na literatura de que doses de 15mg ou mais possam produzir alterações no SNC, decorrentes de aumento da síntese de aminas cerebrais, além de eventuais distúrbios gastrointestinais. Doses elevadas (acima de 15mg/dia) podem comprometer a absorção intestinal do zinco e levar a uma precipitação de cristais de ácido fólico nos rins.
Posologia.
1 a 2 comprimidos de 5mg, 1 vez ao dia. Observação: na prevenção de malformação do tubo neural deve-se administrar 1 comprimido de 5mg diariamente durante todo o período fértil da mulher sexualmente ativa. Prolongar o uso da medicação pelo menos durante as 4 primeiras semanas de gestação.
Venda sob prescrição médica.

  • As vitaminas do grupo B (B1, B6, B12) tem que ser suplementadas. A vitamina B6 (2,5 mg/dia) e B12 (4 mg/dia) tem papel muito importante na formação do mesmo tubo neural.
EVENTOS INDESEJAVEIS DA GRAVIDEZ
Nas maiorias das situações que examinaremos uma grávida, ela vai chegar reclamando um monte de coisas. Cabe a nos, como médicos, atenuar esta sintomatologia direto, ou encaminha a paciente ao internamento hospitalar se for o caso.
  • NAUSEAS E VOMITOS
São comuns no primeiro trimestre, especialmente matinal. Ate 85% das gestantes desenvolvem isso.
As vezes a situação pode virar complicada, a grávida tendo vômitos incoercíveis que vai ate a desidratação e hipovolêmia. Neste caso, pode ser necessário a internação da grávida.
Por outros casos podem ser utilizados as mudanças do regime alimentar e os antieméticos.
O aparecimento recente de medicamentos com novos mecanismos de ação (bloqueadores dos receptores 5-HT3 da serotonina) leva a que seja considerado mais apropriado discutir os antieméticos, nomeadamente os que são utilizados no enjoo de movimento e na emese gravídica comum.
  • EMESE COMUM 
Usamos: mudanças de regime alimentar ou tratamento medicamentoso com:
DOMPERIDONA (MOTILIUM, PERIDAL)
DIMENIDRATO (DRAMAMINE. DRAMIN, DRAMIN B6, NEODRIN)

DOMPERIDONA

Ações terapêuticas.
Antiemético.
Propriedades.
Antagonista da dopamina, com efeitos antieméticos similares ao da metoclopramida, porém com efeitos extrapiramidais menos freqüentes. Estimula a liberação da prolactina. É absorvida rapidamente após administração oral, alcançando o pico de concentração plasmática em 1 hora. A biodisponibilidade oral é baixa (15%), devido a extenso metabolismo de primeira passagem. A acidez gástrica interfere na sua absorção. Tem elevada ligação a proteínas plasmáticas (91%). É eliminada na urina e nas fezes na proporção de 33% e 66%, respectivamente. A sua meia-vida plasmática é de 7 a 9 horas. Administrar com cautela em pacientes com insuficiência renal, procedendo-se ao ajuste posológico, sempre que necessário.
Indicações.
Síndromes dispépticas associadas a retardo no esvaziamento gástrico (gastroparesia), refluxo gastroesofágico e esofagite. Náuseas e vômitos de origem funcional, ou orgânica, causados por drogas, radioterapia ou alimentos. Indica-se especificamente em pacientes cujos vômitos e náuseas são causados pelos antagonistas dopaminérgicos (bromocriptina) utilizados para o tratamento da doença de Parkinson.
Posologia.
Adultos: 10 a 20mg, 3 ou 4 vezes/dia. Crianças: 0,25 a 0,5mg/kg , 3 ou 4 vezes/dia.
Superdosagem.
Sonolência, reações extrapiramidais, desorientação. Não existe antídoto específico, entretanto os anticolinérgicos, antiparkinsonianos e anti-histamínicos podem ser administrados para controlar os efeitos extrapiramidais. Lavagem gástrica e tratamento de suporte.
Reações adversas.
Cólicas. Hiperprolactinemia, que pode provocar galactorréia e ginecomastia. Raramente ocorrem reações extrapiramidais. Erupções e urticária.
Precauções.
A administração a lactentes deve ser cuidadosamente supervisionada pelo médico, pois neles a barreira hemato-encefálica não está desenvolvida e isso eleva o risco de efeitos tóxicos centrais. Administrar com precaução em pacientes com insuficiências hepática e renal. O risco/benefício deve ser avaliado durante a gravidez e o aleitamento.
Interações.
Antiácidos (bicarbonato de sódio) e inibidores das secreções (cimetidina) interferem na absorção do fármaco.
Contra-indicações.
Hipersensibilidade à domperidona. Hemorragia gastrintestinal e sempre que a estimulação da motilidade gastrintestinal oferecer risco. Tumor hipofisário produtor de prolactina.

DIMENIDRINATO

Ações terapêuticas.
Anti-histamínico, bloqueador H 1, antiemético, antivertiginoso.
Propriedades.
É um derivado da etanolamina. O mecanismo de ação pelo qual exerce seus efeitos antiemético, anticinetósico e antivertiginoso ainda não é bem conhecido, porém poderia estar relacionado com suas ações antimuscarínicas centrais. Diminui a estimulação vestibular e deprime a função labiríntica. No efeito antiemético, também pode estar relacionada uma ação sobre a zona quimiorreceptora disparadora medular. É bem absorvido por via oral; sua união às proteínas é de 98% a 99%. Tem um metabolismo hepático e uma pequena proporção é excretada, inalterada, pelo rim. Tem uma meia-vida de 1 a 4 horas e sua ação dura de 3 a 6 horas. Apresenta uma grande atividade muscarínica.
Indicações.
Profilaxia e tratamento da cinetose, profilaxia e tratamento de náuseas e vômitos; tratamento de vertigem.
Posologia.
A dose usual para adultos é de 50 a 100mg a cada 4 horas, até o máximo de 400mg por dia; a dose pediátrica é de 5mg/kg divididos em 4 vezes, sem ultrapassar os 300mg diários.
Reações adversas.
Sonolência, depressão do sistema nervoso central, espessamento das secreções bronquiais, secura na boca, nariz e garganta. Em pacientes de idade avançada é freqüente a aparição de dificuldade ou dor durante a micção. Em crianças e idosos pode ocorrer uma reação paradoxal caracterizada por excitação, nervosismo, inquietude e irritabilidade.
Precauções.
Seu uso deve ser cuidadoso quando administrado a pacientes com asma aguda, pelos seus efeitos antimuscarínicos (espessamento de secreções), e a pacientes com obstrução do colo vesical ou hipertrofia prostática, pois pode precipitar ou agravar a retenção urinária. Sua ação antiemética pode dificultar o diagnóstico de doenças, como apendicite, ou mascarar sinais de toxicidade por superdosagem de outros fármacos. Em glaucoma de ângulo aberto pode produzir um aumento da pressão intra-ocular. Não é recomendado seu uso em lactantes pelo risco de produzir excitação ou irritabilidade na criança. Não se aconselha a administração conjunta com álcool ou outros depressores do SNC e deve-se ter cuidado especial se ocorrer sonolência. Quando utilizado em profilaxia da cinetose, deve ser administrado por 30 minutos antes da exposição à ação que possa desencadeá-la.
Interações.
O uso simultâneo com depressores do SNC pode potencializar os efeitos depressores de ambos os medicamentos; a administração com inibidores da monoaminoxidase (IMAO) pode prolongar e intensificar os efeitos antimuscarínicos e depressores do SNC do dimenidrinato.
Contra-indicações.
Não deve ser administrado a pacientes com glaucoma de ângulo fechado, pois o aumento da pressão intra-ocular pode precipitar um ataque de glaucoma agudo.
BROMOPAN
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
A bromoprida, princípio ativo de DIGESAN aumenta o tônus e amplitude das contrações gástricas e relaxa o esfíncter pilórico resultando no esvaziamento gástrico e aumento do trânsito intestinal. Possui também reconhecidas propriedades antieméticas. A principal ação da bromoprida está relacionada ao bloqueio dos receptores da dopamina-2 (D2) no sistema nervoso central e no trato gastrointestinal. De forma semelhante a outros derivados benzamídicos, a estimulação do trato gastrointestinal pela bromoprida parece mediada, pelo menos em parte, por sua atividade colinérgica indireta, parcialmente dependente de suas propriedades anticolinesterásicas.
Propriedades farmacocinéticas
O pico sérico da bromoprida ocorre 2,5 a 3 horas após administração (cápsulas), 1 a 1,5 horas (solução oral e gotas) e 30 minutos (injetável, via intramuscular). A bromoprida apresenta baixa ligação às proteínas plasmáticas (cerca de 40%) e é metabolizada no fígado. Cerca de 10% a 14% da dose administrada é excretada inalterada através da urina. Após administração de dose única por via intravenosa (I.V.), observou-se uma clearance sistêmica de 900 mL/min e um volume de distribuição de 215 L. A bromoprida apresenta uma meia vida de eliminação de 4 a 5 horas. A biodisponibilidade da bromoprida é de 54% a 74% (via oral) e de 78% (injetável, via intramuscular).
Náuseas e vômitos durante a gravidez
O potencial teratogênico e embriotóxico da bromoprida tem sido exaustivamente estudado em animais de laboratório. Não foram observados, até o momento, qualquer sinal de ação teratogênica ou embriotoxicidade atribuídas à esta substância.. Por outro lado, vários estudos destacam a eficácia da bromoprida no tratamento das náuseas e vômitos durante a gravidez.
INDICAÇÕES
A bromoprida é indicada para:
-distúrbios da motilidade gastrintestinal;
- refluxo gastroesofágico;
- náuseas e vômitos de origem central e periféricas (cirurgias, metabólicas, infecciosas e problemas secundários ao uso de medicamentos).
DIGESAN (bromoprida) é utilizado também para facilitar os procedimentos radiológicos do trato gastrintestinal.
CONTRA-INDICAÇÕES
DIGESAN não deve ser utilizado nos seguintes casos:
- em pacientes com antecedentes de alergia aos componentes da fórmula;
- quando a estimulação da motilidade gastrointestinal for perigosa, como por exemplo, na presença de hemorragia, obstrução mecânica ou perfuração gastrointestinal;
- em pacientes epiléticos ou que estejam recebendo outras drogas que possam causar reações extrapiramidais, uma vez que a freqüência e intensidade destas reações podem ser aumentadas;
- em pacientes com feocromocitoma , pois pode desencadear crise hipertensiva, devido à provável liberação de catecolaminas do tumor. Tal crise hipertensiva pode ser controlada com fentolamina.
POSOLOGIA
DIGESAN cápsulas: 1 cápsula (10 mg) de 12/12 h ou de 8/8 h, conforme orientação médica (dose máxima 60 mg/dia).
DIGESAN solução injetável:Adultos: 1 a 2 ampolas (10 a 20 mg) ao dia por via intramuscular ou intravenosa. Crianças: 0,5 a 1 mg por quilo de peso ao dia, por via intramuscular ou intravenosa. A bromoprida pode ser associada ao soro glicosado ou fisiológico e as doses podem ser repetidas ou alteradas de acordo com o critério médico
DIGESAN solução oral: Adultos: 10 mL (10 mg) de 12/12 h ou de 8/8 h conforme orientação médica (dose máxima 60 mg/dia). Crianças: 0,5 (0,5 mL) a 1 mg (1,0 mL) por quilo de peso, dividida em três tomadas diárias.
DIGESAN gotas pediátricas: 1 a 2 gotas por quilo de peso, três vezes ao dia.
DIGESAN Retard: 1 a 2 cápsulas ao dia ou segundo prescrição médica.
ADVERTÊNCIAS
O uso de DIGESAN deve ser cauteloso em gestantes, crianças, idosos, pessoas que sofrem de glaucoma , diabetes, doença de Parkinson, insuficiência renal, hipertensão, pessoas sensíveis à procaína, procainamida ou neurolépticos.
O produto Digesan cápsulas* e solução oral, contém o corante amarelo de tartrazina que pode causar reações de natureza alérgica, entre as quais asma brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido acetilsalicílico.
*na composição da cápsula
Risco de uso por via de administração não recomendada
Não há estudos dos efeitos de DIGESAN administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente pela via oral.
Gravidez e lactação
Não existem estudos adequados e bem controlados com bromoprida em mulheres grávidas. A bromoprida é excretada pelo leite materno. Por isso, não deve ser administrada a mulheres grávidas ou que amamentam, a menos que, a critério médico os benefícios potenciais para a paciente superem os possíveis riscos para o feto ou recém-nascido.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Outros grupos de risco
Uso em pacientes diabéticos
A estase gástrica pode ser responsável pela dificuldade no controle de alguns diabéticos. A insulina administrada pode começar a agir antes que os alimentos tenham saído do estômago e levar a uma hipoglicemia. Tendo em vista que a bromoprida pode acelerar o trânsito alimentar do estômago para o intestino e, conseqüentemente, a porcentagem de absorção de substâncias, a dose de insulina e o tempo de administração podem necessitar de ajustes em pacientes diabéticos.
Uso em pacientes com insuficiência renal
Considerando-se que a excreção da bromoprida é principalmente renal, em pacientes com depuração de creatinina inferior a 40 mL/min, o tratamento deve ser iniciado com aproximadamente metade da dose recomendada. Dependendo da eficácia clínica e condições de segurança do paciente, a dose pode ser ajustada a critério médico.
Uso em pacientes com câncer de mama
A bromoprida pode aumentar os níveis de prolactina, o que deve ser considerado em pacientes com câncer de mama detectado previamente.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Os efeitos da bromoprida na motilidade gastrointestinal são antagonizados pelas drogas anticolinérgicas e analgésicos narcóticos. Pode haver potencialização dos efeitos sedativos quando se administra bromoprida junto com álcool, sedativos, hipnóticos, narcóticos ou tranqüilizantes. Portanto, evite ingerir bebidas alcoólicas e esses outros produtos durante o tratamento com DIGESAN.
O fato da bromoprida liberar catecolaminas em pacientes com hipertensão essencial, sugere que deva ser usada com cautela em pacientes sob tratamento com inibidores da monoaminoxidase (MAO).
A bromoprida pode diminuir a absorção de fármacos pelo estômago (p/ex. digoxina) e acelerar aquelas que são absorvidas pelo intestino delgado (p/ex. paracetamoltetraciclinalevodopa, etanol).
Alimentos
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de alimentos na ação de DIGESAN.
Testes laboratoriais
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de bromoprida em testes laboratoriais.
REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS
As reações adversas mais freqüentes são inquietação, sonolência, fadiga e lassidão, que ocorrem em aproximadamente 10% dos pacientes.
Com menor freqüência pode ocorrer insônia, cefaléia, tontura, náuseas, sintomas extrapiramidais, galactorréia, ginecomastia, erupções cutâneas, incluindo urticária ou distúrbios intestinais.
As reações extrapiramidais podem ser mais freqüentes em crianças e adultos jovens, enquanto que movimentos anormais ou perturbados são comuns em idosos sob tratamentos prolongados.
SUPERDOSE
Sintomas de superdose podem incluir sonolência, desorientação e reações extrapiramidais. Nesses casos deve-se proceder ao tratamento sintomático habitual, utilizando-se terapia de suporte com drogas anticolinérgicas ou antiparkinsonianas e anti-histamínicos com propriedades anticolinérgicas. Os sintomas são autolimitados e geralmente desaparecem em 24 horas. A diálise não parece ser método efetivo de remoção de bromoprida em caso de superdose.
HIPEREMESE GRAVIDICA
E conhecida como “vomito incoercível” ou “vomito pernicioso” e representa uma forma complicada da emese comum gravidica). A hiperêmese, podendo levar a distúrbios hidroeletrolíticos, alterações nutricionais e metabólicas, pode trazer risco para a vida materna e fetal.
Em 80% dos casos a hiperemese e desagradável para gestante, mas no caso normal ela esta controlável.
Cerca de 2-3% das pacientes grávidas evoluem para hiperêmese gravídica e cerca de 3 em cada mil desenvolvem quadro extremamente grave necessitando de internação imediata.
O medico tem que saber que a hiperemese gravídica é mais comum em primigestas.
Parece que as mães que carregam fetos de sexo feminino tem maior probabilidade de desenvolver hiperemese.
Acontece mais nas gestações com maior quantidade de placenta, como nas gestações gemelares, gestação molar (por mola hidatiforme), fetos macrossômicos, etc.
A etiopatogenia ainda é desconhecida, mas acredita-se que estímulos no "centro do vômito" do tronco cerebral sejam os responsáveis pelo quadro de hiperêmese apresentado. Várias são as hipóteses e linhas de pesquisa direcionadas nesse sentido.
Acredita-se que fatores emocionais sejam os principais responsáveis pela estimulação do vômito nessas pacientes. Outras teorias estão tentando buscar a relação de algumas substâncias como o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) e hormônios tireoidianos na gênese da hiperêmese gravídica. Já foi constatado que altos níveis de gonadotrofina coriônica também exercem efeito estimulador importante no centro do vômito.
Quadro clínico e diagnóstico
O quadro clínico da hiperêmese gravídica é insidioso e progressivo. Inicia-se no primeiro trimestre da gestação (por volta de 6 a 8 semanas) com náuseas e vômitos, que a principio, parecem normais (quadro habitual de êmese gravídica). No entanto, esses sintomas se tornam progressivamente piores, com vômitos mais constantes acompanhados de sialorréia intensa, que não melhoram com antieméticos habituais, comprometendo o dia-a-dia normal da gestante. O quadro avança um pouco mais, complicado pelo estado de ansiedade que, pouco a pouco toma conta da paciente. Há repulsa pela alimentação sólida preferindo alimentos gelados, na tentativa de conter os episódio de vômito. A sialorréia intensa (que pode chegar a 1000 ml/dia) e os vômitos incoercíveis levam a paciente a um quadro de desespero completo.
Ocorre desidratação e alterações eletrolíticas (perda acentuada de potássio) importantes, assim como perda de peso, astenia e fraqueza. A carência nutricional leva rapidamente a comprometimento hepático com elevação sérica de bilirrubinas e enzimas. A falta de vitamina B1 (tiamina) compromete o sistema nervoso central e periférico, levando a dor e sinais de hiporreflexia em músculos, bem como aumento dos níveis de amônia no cérebro (por alteração na permeabilidade neuronal). Lesões oftálmicas retinianas se desenvolvem e em poucos dias a paciente é acometida por um quadro de alucinações (encontrado também em pacientes alcoólatras crônicos) denominado psicose de Wernicke-Korsakoff.
ATENÇÃO ! ATENÇÃO ! ATENÇÃO ! ATENÇÃO ! ATENÇÃO !
Entre o inicio do comprometimento oftálmico e as alucinações, existe um período no qual o quadro deve ser resolvido com a interrupção da gestação, pois, caso contrário, se tornará irreversível e o óbito iminente. 
Esse período foi denominado "interstício crítico de Briquet", em homenagem ao homem que primeiro descreveu sua importância.
O diagnóstico de hiperêmese gravídica baseia-se no quadro clínico e na fase de comprometimento em que se encontra a doença. Para classificá-la, são necessários alguns exames laboratoriais, tais como: perfil hidroeletrolitico (principalmente íons sódio, potássio e cloro), dosagem de proteínas totais e suas frações, enzimas hepáticas (tgo, tgp e bilirrubinas), pesquisa de corpos cetônicos (acima de 2+), dosagem de hormônios tireoideanos (tsh, t3 e t4livre), gasometria arterial, glicemia e hemograma. Outros exames podem ser pedidos, conforme a hipótese diagnóstica feita.
Existem diagnósticos diferenciais importantes que devem ser feitos mediante a suspeita de hiperêmese gravídica, como, patologias gástricas, doenças psiquiátricas, patologias de vias biliares, doenças urinarias, afecções pancreáticas, etc. Todas essas afecções podem ser encontradas concomitantemente ao quadro de hiperêmese gravídica, o que não invalida o seu diagnóstico. Elas devem ser consideradas patologias adjuvantes ou mesmo desencadeantes do quadro de hiperêmese.

Hiperêmese Gravídica: fases de evolução
Fase de
Desidratação
Náusea e ptialismo intensos, vômitos fortes levando a um quadro de desidratação. Distúrbios hidroeletrolíticos podem estar presentes (dosagem de sódio alta, cloro e potássio um pouco diminuídos). O hematócrito encontra-se um pouco aumentado.
Fase
Metabólica
Quadro clínico anterior somado a distúrbios nutricionais (perda de peso maior que 5%); Alterações da função hepática com elevação de enzimas e bilirrubinas (icterícia discreta); Cetoacidose e cetonúria 2 ou 3 +; Hipoalbuminemia, Hiponatremia e Hipopotassemia. Hipoglicemia já ocorre nessa fase.
Fase
Neurológica
Os achados anteriores somados a um quadro de comprometimento oftálmico com lesões retinianas e alterações neurológicas iniciais com hiporreflexia e dor à palpação das panturrilhas e coxas. Esse quadro é muito importante pois antecede o acometimento encefálico, que é irreversível, em uma semana. Esse intervalo é chamado de "Interstício crítico de Briquet" e a interrupção da gravidez deve ser feita imediatamente.
Fase da Psicose de Wernicke-Korsakoff
Encefalopatia amoniacal, caracterizada por instabilidade hemodinâmica de difícil controle, alucinações e coma freqüentemente irreversível.
Tratamento
A conduta na paciente com Hiperêmese gravídica deve sempre se basear no bom senso e, principalmente, lembrar do princípio de utilizar primeiro as drogas mais leves, que não trazem risco para a vida da mãe e do feto. Nas formas leves, o controle pode ser feito aumentando-se o número de refeições por dia, não deixando o estomago vazio por mais de 2 horas.
O uso de líquidos gelados parece trazer alivio aos sintomas. Antieméticos habituais como a Metoclopramida podem ser usados assim como medidas de apoio comportamental e psicológico.
Na hiperêmese propriamente dita podemos usar drogas um pouco mais fortes como os antiemeticos de ação central. Temos como exemplares a Prometazina e a Clorpromazina, além do Droperidol. Estudos mostram ótimos resultados com o Ondansetron, outro antiemético central. Caso essas medicações não exerçam o efeito desejado, os Corticóides podem ser utilizados. A pulsoterapia com Metilprednisolona, Prednisona, Hidrocortisona ou dexametasone tem a capacidade de cessar os vômitos em até duas horas. São drogas relativamente seguras que favorecem a recuperação da paciente e a alta precoce da paciente.
É importante lembrar que todas essas drogas devem estar sempre associadas à correção dos distúrbios hídricos e eletrolíticos e á administração de vitaminas do complexo B, principalmente B1 e B6, protetoras do sistema nervoso central. Em casos complexos e de difícil controle a paciente pode necessitar de alimentação parenteral. Os casos de comprometimento neurológico severo (como a psicose de Wernicke) devem ser medicados com doses altas de corticóides, além das outras medidas de controle metabólico.
Outras linhas terapêuticas podem ser tentadas, principalmente nos casos mais leves, como a acupuntura, homeopatia, quiropraxia, etc. O prognóstico dessas pacientes depende da abordagem terapêutica e do reconhecimento correto das fases evolutivas da doença. Ainda existem casos de evolução severa e óbito mesmo em pacientes tratadas corretamente. O prognóstico fetal não se altera devido ao quadro materno.
  • PIROSE
Distúrbio comum, em maiorias dos casos, bem leve. Usaremos antiácidos comuns, regime alimentar e avisaremos a a grávida sobre a importância evitar o decúbito logo depois a refeição.
  • CONSTIPAÇAO
Um distúrbio também muito comum, pode ser combatido indicando uma dieta rica em fibras e, também alguns laxantes leves.
  • HEMORROIDAS
Um distúrbio bastante importante, esta causado pelo aumento da pressão venosa (compressão da veia cava). As vezes some depois o parto, outras vezes não. Pode ser evitada usando um regime alimentar que não exige esforço a hora de defecar (rico em fibras). O que e importante e que NUNCA não deve tentar escleroterapia durante a gravidez.
  • EDEMA GRAVITACIONAL
Não tem importância alguma, nem significação patológica, desde que não virem generalizadas.
  • EDEMAS GENERALIZADOS
Aparecem em 20-30% das grávidas – existe, provavelmente uma forte relação com a função urinaria e a retenção do liquido e dos eletrólitos.
O que e importante e que as vezes, a edema esta associada com a toxemia gravídica, por isso, cada vez que edemas generalizadas apareçam, e bem explorar a função renal e a TA.
Faltando toxemia as edemas são tratados usando dos diuréticos.
  • VARICOSIDADES
Tem três causas principais:
- aumento da pressão intravenosa
- fraqueza congênita das paredes vasculares
- diminuição do tono vascular
Aonde achamos essas modificações:
- panturrilhas
- vulva
- vagina
O maior risco tem as varicosidades da vulva e da vagina – elas podem romper-se provocando hemorragias perigosas.
Qualquer intervenção tem que ser adiada por depois do parto. Ate lá, usaremos medidas paliativas, tipo: meias elásticas, posição elevada das pernas, evitar ficar muito tempo de pé.
  • CÃIMBRAS
São contrações musculares muito doloridas, que derivam dum estiramento dos músculos da perna. Normalmente, significa uma baixa concentração do cálcio sérico. A administração de hidróxido de alumínio (impede a absorção do fósforo) e sais de cálcio sem fósforo são usados em tratamento.

HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO

Ações terapêuticas.
Antiácido.
Propriedades.
Os antiácidos são compostos básicos que neutralizam o ácido sob o espectro gástrico. Devido às complexidades da química do Al 3+ hidratado, o Al (OH) 3 mais ativo pode elevar o pH até 4,5. Uma propriedade importante do Al 3+ no meio intestinal é sua capacidade para formar sais insolúveis com o fosfato da dieta. O Al 3+ pode relaxar o músculo liso gástrico e retardar o esvaziamento; também pode estimular a secreção de muco, o que aumentaria a barreira mucosa para o ácido. Em pessoas com função renal normal, a ingestão de antiácidos leva quase a duplicar a concentração plasmática média de Al 3+. Como o alumínio é eliminado pela urina, em pacientes com insuficiência renal aumenta a concentração plasmática e sua toxicidade.
Indicações.
Terapêutica antiácida na úlcera gástrica e gastroduodenal, gastrite, hiperacidez gástrica. Ardor e dispepsia associados com refluxo gástrico em hérnia de hiato e esofagite por refluxo.
Posologia.
Adultos, idosos e crianças maiores de 12 anos: 400 a 800mg divididos em 3 ingestões diárias, de 20 minutos a 1 hora antes das refeições e ao deitar.
Reações adversas.
Constipação em proporção aproximada à da dose; este efeito é maior em idosos. Raras vezes, hipofosfatemia grave.
Precauções.
Em insuficiência renal, a administração prolongada de Al 3+ pode exacerbar ou, também, iniciar osteodistrofia, miopatia proximal e encefalopatia (demência e convulsões). Hipermagnesemia. Em pacientes submetidos à hemodiálise: controlar os níveis séricos de fosfato cada 30 a 60 dias. A utilização de compostos que contêm Al 3+ como método principal para diminuir a absorção intestinal de fosfatos em pacientes urêmicos é perigosa e inapropriada.
Interações.
Os preparados com Al 3+ retardam o esvaziamento gástrico, o que diminui a absorção intestinal de vários fármacos. Os compostos com Al 3+ podem formar complexos insolúveis que não se absorvem. Por combinação de fatores, os antiácidos diminuem a biodisponibilidade de ferro, tetraciclinas, isoniazida, etambutol, benzodiazepinas, fenotiazinas, ranitidina, vitamina A, fluoretos e fosfatos. Não deverá ser administrada nenhuma medicação 2 horas antes e até 2 horas após a ingestão do antiácido.
Contra-indicações.
Hipofosfatemia. Insuficiência renal grave.

CÁLCIO

Ações terapêuticas.
Nutriente.
Propriedades.
O cálcio é o 5 elemento em abundância no corpo humano e possui uma importante função na regulação de muitos processos fisiológicos, na integridade das células nervosas e musculares, na função cardíaca e na formação do osso. Age como co-fator enzimático e participa nos processos de secreção e excreção das glândulas endócrinas e exócrinas, na liberação de neurotransmissores e na manutenção da permeabilidade de membrana, da função renal e da respiração. O cálcio é excretado pelas fezes (80%) e pela urina (20%). Os sais de cálcio habitualmente utilizados por via intravenosa são o cloreto, o gluceptato e o gluconato.
Indicações.
a) Hipocalcemia: na gravidez, crescimento rápido, tetania por hipoparatireoidismo, tetania neonatal, deficiência de vitamina D e alcalose; b) intoxicação por magnésio (superdose de sulfato de magnésio); c) tratamento dos efeitos deletérios da hiperpotassemia; d) reanimação cardíaca: quando falha a adrenalina e a desfibrilação produz contrações fracas ou inadequadas. Foi utilizado como coadjuvante em: 1) picadas de insetos (aranha viúva-negra e outros), para diminuir a permeabilidade capilar nas reações alérgicas; 2) osteomalácia. Também na prevenção da hipocalcemia transfusional. O gluconato de cálcio também é utilizado como suplemento de cálcio na nutrição parenteral total.
Posologia.
Em hipocalcemias severas 7 a 14mEq IV em adulto; de 1 a 7mEq IV em crianças; menos de 1mEq IV em lactantes. A dose pode ser repetida cada 3 dias. Para tratamento da hipocalcemia tetânica: em adultos de 4,5 a 16mEq IV em infusão lenta até que apareça resposta; em crianças de 0,5 a 0,7mEq/kg IV em infusão lenta até que apareça resposta; em lactantes 2,4mEq/kg/dia IV. Reanimação cardíaca: infusão IV lenta (0,7 a 1,5mEq/minuto).
Superdosagem.
Hipotensão, parada cardíaca. Hipercalcemia aguda: debilidade, letargia, vômitos, coma e morte súbita.
Reações adversas.
Vasodilatação periférica. Hipotensão arterial. Sensação de opressão (onda de calor). Necrose local se for injetada inadvertidamente por via intramuscular.
Precauções.
Não injetar nos tecidos. As soluções de cálcio injetável são irritantes para as veias. Administrar com precaução a pacientes que recebem digitálicos, devido à sinergia dos efeitos cardíacos. Por não existirem provas conclusivas recomenda-se não utilizar em gestantes a menos que o benefício para a mãe supere o risco potencial para o feto. A lactação deve ser suspensa.
Interações.
Evitar a administração de outros compostos de cálcio. Não combinar com outros fármacos intravenosos, pois é incompatível com vários desses fármacos. Glicosídeos cardiotônicos: sinergismo. Tetraciclinas: inativação.
Contra-indicações.
Reanimação cardíaca em presença de fibrilação ventricular. Intoxicação por digitálicos. Hipercalcemia.
  • SINTOMAS URINARIAS
Aumento da freqüência e da emergência urinaria são comuns no inicio da gravidez e no fim. No inicio o útero dilatado comprima a vesícula, no fim, a insinuação do feto aumenta a compressão. O tratamento e somente sintomático.
  • VERTIGENS E TONTEIRAS
Produzidas pela hipotensão ortostática, hipoglicemia ou instabilidade vascular. O tratamento, também, e sintomático.
  • FADIGA
Comum no fim da gestação, a causa das mudanças de peso. Também, pode ser uma sintoma da anemia.
Se não for anemia, somente o repouso esta recomendado.
  • DOR LOMBAR
E uma sintoma produzida, também, pelas modificações de peso e postura. Quando será importante e localizada especialmente no quadril, uma osteoporose deve ser considerada.
  • LEUCORREIA
ATENÇÂO!
O medico deve prestar muita atenção na hora de examinar uma paciente que se queixa de leucorreia.
No gravidez, normalmente temos um aumento da secreção vaginal – a produção do muçus aumenta, também aumenta o transudado, por causa da vasodilatação local. Então, o aumento da secreção vaginal pode ser normal e nada de alarmante.
De outro lado, porem deve existir a preocupação que a secreção não seja nada normal, que esteja produzida pelo um agente patógeno ou uma inflamação local importante – ai, a conduta vai ter que mudar
Quais são as possibilidades ?
  • Candidiase
  • Vaginose bacteriana
  • Trichomoniase
A CANDIDIASE:
Acomete ate 25% das grávidas. Se for sintomática tem que ser tratada com nistatina, 3 semanas. Tem tendência de recidiva, mas também tende a sumir com o fim da gestação.

NISTATINA

Ações terapêuticas.
Antimicótico.
Propriedades.
Seu mecanismo de ação consiste na sua união aos esteróis na membrana celular fúngica, que ocasiona a incapacidade da membrana para funcionar como barreira seletiva, com a perda de componentes celulares essenciais. Não é absorvida no trato gastrintestinal e é excretada quase totalmente com as fezes como fármaco inalterado. Não é absorvida quando aplicada de forma tópica sobre a pele ou membranas mucosas intactas.
Indicações.
Via oral: tratamento da candidíase orofaríngea. Via tópica: tratamento da candidíase mucocutânea. Via vaginal: tratamento da candidíase vulvovaginal.
Posologia.
A dose usual para crianças e adultos por via oral é de 400.000 a 600.000UI 4 vezes ao dia; para prematuros e lactentes de baixo peso, 100.000UI 4 vezes ao dia, e para lactentes maiores, 200.000UI 4 vezes ao dia. Via tópica: aplicar sobre a pele duas a três vezes ao dia. Via vaginal: 100.000UI 1 a 2 vezes ao dia, durante 2 semanas.
Reações adversas.
Via oral: diarréia, náuseas, vômitos, gastralgia. Via tópica: irritação da pele. Via vaginal: irritação vaginal.
Precauções.
Quando se utiliza suspensão oral, recomenda-se mantê-la e movimentá-la dentro da boca o maior tempo possível antes de engoli-la. Para bloquear as recaídas, deve-se continuar o tratamento durante 48 horas após o desaparecimento dos sintomas ou após a normalização das culturas. Se for utilizada via tópica, os curativos oclusivos devem ser evitados, porque proporcionam condições necessárias para o crescimento das leveduras e a liberação de endotoxina irritantes (as fraldas apertadas podem constituir um curativo oclusivo). Para prevenir a candidíase oral em neonatos, sugere-se administrar óvulos às grávidas com candidíase, durante 3 a 6 semanas antes do parto.
Interações.
Pelo fato de ser um fármaco que não se absorve, não apresenta interações com outros.
Contra-indicações.
Não foram descritas.

ZINCO

Ações terapêuticas.
Adstringente.
Propriedades.
O óxido de zinco e a calamina (óxido de zinco + óxido férrico) são pós-inertes de origem mineral que são empregados de forma tópica sobre a pele com fins protetores. A ação do zinco é devida à formação de uma fina película que, ao aderir com facilidade à superfície cutânea lesada, protege a pele de irritações, escoriações e coceiras. Além disso, possui efeitos adsorventes e secantes, que são úteis nas dermatites úmidas (eczemas, intertrigo, dermatite, hemorróidas). O zinco é utilizado em numerosas preparações farmacêuticas associado ao caolim, ao amido de milho, ao talco e ao dióxido de titânio. É também usado em formulações de protetores solares, devido a sua capacidade de refletir a radiação ultravioleta. Combinado com ácido fosfórico e óleos essenciais, é usado como cimento odontológico para preencher provisoriamente cavidades dentárias.
Indicações.
Proteção cutânea em eczemas e escoriações. Filtros solares. Dermatites e dermatoses de várias etiologias. Pruridos. Eczemas úmidos.
Precauções.
Observou-se que, na forma de preenchimento cavitario dental temporário em Odontologia, os cimentos de óxido de zinco favorecem o desenvolvimento de aspergilose maxilar.

A VAGINOSE
E causada pela Gardnerella vaginalis e por anaeróbios. O que e ruim e que pode dar amniorrexe prematura e parto prematuro. A queixa mais comum e o corrimento com cheiro fétido (cheiro de peixe estragado).
O tratamento tópico e com CLINDAMICINA. As vezes usa-se metronidazol, mas isso deve ser evitado no primeiro trimestre.

CLINDAMICINA

Ações terapêuticas.
Antibiótico.
Propriedades.
Antibiótico sistêmico. Seu mecanismo de ação é exercido mediante a inibição da síntese protéica em bactérias sensíveis; une-se às subunidades 50 S dos ribossomos bacterianos e evita a formação das uniões peptídicas. Geralmente considerada bacteriostática, podendo, porém, ser bactericida quando usada em concentrações elevadas ou diante de microrganismos altamente sensíveis. É absorvida com rapidez no trato gastrintestinal e não é inativada no suco gástrico. Os alimentos não afetam sua absorção. Distribui-se amplamente e com rapidez na maioria dos líquidos e tecidos, exceto no líquido cefalorraquidiano; alcança concentrações elevadas no osso, bile e urina. Atravessa com facilidade a placenta. Sua união às proteínas é muito elevada. Metaboliza-se no fígado e alguns metabólitos podem ter atividade antibacteriana. Em crianças, aumenta a velocidade do metabolismo. É eliminada por via renal, biliar e intestinal. Excreta-se no leite materno.
Indicações.
Tratamento de infecções ósseas por estafilococos; infecções geniturinárias, gastrintestinais e pneumonias por anaeróbios; septicemias por anaeróbios, estafilococos e estreptococos; infecções da pele e tecidos moles por germes suscetíveis.
Posologia.
Administração de 600 a 900mg a cada 6 a 8 horas.
Reações adversas.
Náuseas, vômitos, colite pseudomembranosa, hipersensibilidade, bloqueio neuromuscular, aumento reversível das transaminases hepáticas, trombocitopenia e granulocitopenia.
Precauções.
Deve ser administrada com cuidado em pacientes com doença gastrintestinal, especialmente colite ulcerosa, enterite regional ou colite associada com antibióticos (pode produzir colite pseudomembranosa), e na presença de disfunção hepática e disfunção renal grave. Deve ser utilizada com cautela em lactentes menores de um mês e em pacientes atópicos com asma e alergia. Pode exister sensibilidade associada com outras lincomicinas.
Interações.
Deve-se controlar cuidadosamente o paciente quando se usa simultaneamente clindamicina com anestésicos hidrocarbonados por inalação ou bloqueadores neuromusculares, dado que se pode potencializar o bloqueio neuromuscular, ocasionar debilidade do músculo esquelético e depressão ou paralisia respiratória. A administração junto com antidiarréicos absorventes pode diminuir significativamente a absorção de clindamicina por via oral. O cloranfenicol e a eritromicina podem desassociar a clindamicina de sua união às subunidades 50 S dos ribossomos bacterianos ou impedir essa união e antagonizar desta forma seus efeitos. In vitro é fisicamente incompatível com a ampicilina, a fenitoína, os barbitúricos, a aminofilina e o gliconato de cálcio e magnésio.
Contra-indicações.
Hipersensibilidade às lincosaminas.

DALACIN V

Antibiótico sistêmico simples.
Uso adulto.
Apresentações.
Creme vag. bg. c/20g c/20mg/g + 3 aplic.
Composição.
Cloridrato de clindamicina.

A TRICHOMONIASE
Produzida pela Trichomonas vaginalis, da irritação, secreção verde e mau odor. Se usa o METRONIDAZOL, tópico vaginal que costuma ser eficaz contra esse tipo de infecção.
METRONIDAZOL
Ações terapêuticas.
Antibacteriano, antiparasitário, anti-helmíntico.
Propriedades.
De origem sintética, pertence ao grupo dos nitroimidazóis, ativo contra a maioria das bactérias anaeróbias obrigadas e protozoários, mediante a redução química intracelular que é efetuada por mecanismos únicos do metabolismo anaeróbico. O metronidazol reduzido, que é citotóxico, porém de vida curta, interage com o DNA e produz uma perda da estrutura helicoidal, ruptura da cadeia e inibição resultante da síntese de ácidos nucléicos e morte celular. Absorve-se bem por via oral, atravessa a placenta e a barreira hematoencefálica. Sua união às proteínas é baixa, metaboliza-se no fígado por oxidação da cadeia lateral e conjugação com o glicurônio do 2-hidroximetil (também ativo) e outros metabólitos. As concentrações séricas máximas que seguem uma dose oral de 250mg, 500mg e 2g são de 6, 12 e 40mg por ml, respectivamente. Elimina-se por via renal em 60% a 80%. Desta quantidade, 20% são excretados inalteradamente pela urina; 6 a 15% são eliminados nas fezes, encontrando-se metabólitos inativos.Também é excretado no leite materno.
Indicações.
Profilaxia de infecções perioperatoriais e tratamento de infecções bacterianas por anaeróbios. Amebíase e tricomoníase. Vaginite por Gardnerella vaginalis, giardíase e algumas infecções por protozoários, anaeróbios, doença intestinal inflamatória, helmintíase.
Posologia.
Os pacientes com disfunção hepática grave metabolizam o metronidazol lentamente. A forma oral pode ser ingerida com alimentos para diminuir a irritação gastrintestinal. No caso de tricomoníase, o casal sexual deverá realizar a terapêutica de forma simultânea. O metronidazol parenteral só pode ser administrado por infusão IV contínua e intermitente, durante um período de 1 hora. Infecções por anaeróbios: 7,5mg/kg/6 horas, durante 7 dias ou mais. Dose máxima: 1g/kg. Vaginite, colite pseudomembranosa, doença inflamatória do intestino: 500mg a cada 6 horas. Antiprotozoário: amebíase 500 a 750mg 3 vezes ao dia, durante 5 a 10 dias. Giardíase: 2g, 1 vez ao dia durante 3 dias, ou 250 a 500mg 3 vezes ao dia durante 5 a 7 dias. Tricomoníase: 2g como dose única, 1g 2 vezes ao dia durante 1 dia, ou 250mg 3 vezes ao dia durante 7 dias. Dose máxima adultos: 4g diários. Doses pediátricas usuais: como antibacteriano, a dose não foi estabelecida. Antiprotozoário: amebíase: 11,6 a 16,7mg/kg, três vezes ao dia durante 10 dias. Giardíase: 5mg/kg, três vezes ao dia, durante 5 a 7 dias.Tricomoníase: 5mg/kg três vezes ao dia durante 7 dias. Forma injetável infecções por anaeróbios: iniciar com 15mg/kg, depois 7,5mg/kg até o máximo de 1g a cada 6 horas durante 7 dias ou mais. Amebíase: 500 a 750mg a cada 8 horas durante 5 a 10 dias. A dose não foi estabelecida para crianças.
Reações adversas.
São de incidência mais freqüente: intumescimento, dor ou debilidade nas mãos e pés, principalmente com doses elevadas ou uso prolongado. Erupção cutânea, urticária, prurido (por hipersensibilidade). Sobre o SNC: torpor ou instabilidade, crises convulsivas (com doses elevadas). Se persistirem, requerem atenção médica: diarréias, tonturas, náuseas, vômitos, anorexia.
Precauções.
O metronidazol atravessa a placenta e penetra rapidamente na circulação fetal, e, mesmo que não tenham sido demonstrados defeitos no feto, seu uso não é recomendado no primeiro trimestre da gravidez. Também não deve ser usado o ciclo de terapêutica de 1 dia, posto que produz concentrações séricas fetais e maternas mais altas. Seu uso não é recomendado no período de lactação, porque pode produzir efeitos adversos ao lactente. Caso seja necessário o tratamento com metronidazol, o leite materno deve ser extraído e descartado, reiniciando a lactação 24 a 48 horas após completar o tratamento. Produz secura na boca, o que pode contribuir para o desenvolvimento de cáries, candidíase oral e mal-estar.
Interações.
Não é recomendável o uso simultâneo com álcool, porque pode produzir acúmulo de acetaldeído por interferência com a oxidação do álcool e originar cãibras abdominais, náuseas, vômitos e cefaléias. Os anticoagulantes potencializam seu efeito, igual ao do metronidazol, devido à inibição do metabolismo enzimático dos anticoagulantes. O uso simultâneo com dissulfiram deve ser evitado porque pode produzir confusão e reações psicóticas.
Contra-indicações.
A relação risco-benefício deverá ser avaliada em doenças orgânicas ativas do SNC, incluindo epilepsia, discrasias sangüíneas, disfunção cardíaca ou hepática grave. 
A INTERAÇÃO DOS REMEDIOS COM A GRAVIDEZ
Uma das maiores problemas frente na frente com uma grávida que sofre de uma doença qualquer, e você, como medico, tem que tratar-la, e o filtro da medicação – isto é, o modo de escolher os remédios para não prejudicar o feto e, também, a mãe.
Tem que lembrar, desde começo, que qualquer remédio que age via sistêmica pode passar pela barreira placentária e chegar a fazer efeito ao feto. Por isso, no primeiro trimestre da gravidez vai evitar ao máximo possível dar remédios a uma grávida – somente os casos que necessitam mesmo isso.
  • ANTIBIOTICOS
  • 1. AS SULFAMIDAS
Sendo em competição com a bilirrubina para ligar-se dos sítios da molécula de albumina, podem complicar o metabolismo desta substancia favorecendo a passagem pela barreira hematoencefalica. Também algumas (como e sulfa-trimetoprim) são anti-acido fólico.
Não estão recomendados, por causa disso, o uso das associações trimetoprim-sulfametoxazol e pirimetamina no tratamento da toxoplasmose.  Isso, apesar que a pirimetamina tem ação comprovada teratogênica.
  • 2. A VANCOMICINA
Oto- e nefrotoxica por adultos, provavelmente que da o mesmo efeito no feto. Claro que não existem estudos clínicos por isso.
  • 3. AS QUINOLONAS
Mesmo não havendo provas de teratogenicidade as quinolonas são contraindicadas, já que, experimental, podem produzir artrogripose aos animais de experiência.
  • 4. TUBERCULOSTATICOS
Todos são indicados, menos a estreptomicina, que tem oto e nefro-toxicidade. Todas outras (isoniazida, etambutol, pirazinamida, etionamida) são permitidas.
  • 5. ANTIFUNGICOS
Podem ser usadas a amfotericina B, a amfotericina B lisosomal, a nistatina e o miconazol.
Não pode usar, no primeiro trimestre: cetoconazol, griseofulvina, metronidazol. Tudo isso pode usar no segundo trimestre.
  • 6. ANTIHELMINTICOS
Geralmente a regra e que os antihelminticos usam-se no segundo trimestre somente, mas parece que não existe provas de teratogenicidade por albendazol, mebendazol, piperazina e tiabendazol. Com respeito a praziquantel ou oxamniquine, esses dói são, sim contraindicadas.
  • 7. ANTIVIRAIS
Ribavirina e comprovadamente teratogênica e esta contraindicada.
Ritonavir e saquinavir podem ser prescritos, apresentando um raporto ótimo custo-beneficio.
Os outros antiviroticos não tem estudos de avaliação
AZIDOTIMIDINA (AZT) e um antiviral que pode ser administrado na 14-a semana de gravidez para diminuir o risco de contaminação transplacentar do feto. Durante o parto o AZT deve ser administrada via intravenosa. O recém nascido vai receber AZT nos primeiros 6 (seis) semanas da vida.
  • 8. TOPICOS
Somente podofilina não esta indicada (remédio para condiloma acuminada) porque tem efeito antimitotico. Em vez disso poderemos usar acido tricloroacético.
REMEDIOS CARDIOVASCULARES, ANTICOAGULANTES E ANTIAGREGANTES
B.1. INIBIDORES DE CONVERSÃO
Tem efeito teratogênico comprovado – por isso, não vão ser usados,  especialmente no segundo trimestre. Entre os mais graves efeitos que eles podem produzir são:
  • Agenesia renal
  • Hipocalvaria
  • Retardo mental
  • Oligodramnia
  • Hipoplasia pulmonar
B.2.  BETA-BLOQUEADORES
O único seguro e o pindolol. O atenolol e o metoprolol são associados com crescimento intrauterino retardado, baixo peso, policitemia. Por outros não existem estudos clínicos.
B.3. OS DIURETICOS
No primeiro trimestre podem causar malformações. Nos últimos, eles podem provocar oligodramnios, hipocalcemia, hipoglicemia, hiponatremia. Então, são contraindicadas.
B.4. BLOQUEADORES DE CALCIO
Poderemos utilizar no gravidez somente diltiazem, felodipina e nimodipina.
Nifedipina, isradipina e verapamil podem ser implicados na redução do fluxo uteroplacentário, sendo elas contraindicadas no gravidez.
B.5. ANTICOAGULANTES
O único remédio seguro e heparina, enquanto ela não atravessa a barreira fetoplacentaria. As heparinas com baixo peso da molécula (enoxaparina, nadroparina) não constituem uma boa opção.
Os cumarinicos parece que podem ser usados no primeiro trimestre (fase embrionária) e perto do parto.De jeito nenhum não são indicados nos outros períodos, sendo muito provável acontecer graves hemorragias ao feto,
A warfarina, usada no primeiro trimestre pode causar o que se chama “embriopatia warfarinica”:
  • Hipoplasia nasal
  • Defeitos vertebrais
  • Deficiência mental
  • Risomelia
  • Falanges cortadas
  • Escoliose
  • Anomalias oculares
  • Restrição de crescimento intrauterino
Então, no primeiro e no terceiro trimestre a droga esta contraindicada.
B.6. ANTIAGREGANTES PLAQUETARIOS
Ticlopidina, dipiridamol e tirofiban ainda não foram avaliadas – por isso, o uso delastem que ser evitado. As doses ANTIAGREGANTES de aspirina (acido acetilsalicílico) podem ser usadas.
  • REMEDIOS ANTIASTMATICOS
A grande maioria delas não tem alguma restrição de administração.
  • ANTICONVULSIVANTES
A maioria das mulheres que sofrem de epilepsia tem um risco duas ou três vezes maior de ter filhos malformados que as outras. Isso, por causa da doença mesmo, que causa, geneticamente, malformação, também, a causa dos remédios antiepilepticos, o mais importante e mais mutageno desta categoria sendo fenitoina (20-30% malformações).
Carbamazepina e o acido valproico também causam malformações. O fenobarbital esta associado com retardo mental.
Malformações possíveis:
  • Fenda palatina ou labial
  • Defeitos de tubo neural
  • Microcefalia
  • Pregas palmares
  • Hipotrofia digital
  • Retardo mental
E. MEDICAÇÃO PSICOTROPA
E.1. BENZODIAZEPINICOS
O diazepam e o mais estudado da classe benzodiazepínica. Parece que tem sido demonstrado a associação com fenda labial, malformações dos membros.
Também, o efeito sistêmico dele pode induzir hipotonia perinatal.
E.2. ANTIDEPRESSIVOS
Enquanto o lítio esta associado com malformações cardíacos (maladia do Ebstein) e outros antidepressivos com varias malformações dos membros os únicos que podem ser administrados na gravidez são os inibidores seletivos de receptores de serotonina (sertralina e fluoxetina por exemplo).
E.3. ANTIPSICOTICOS
As doenças psicóticas aumentam o risco de malformações para si mesmo (especiamente a esquizofrenia). Existe, também, a possibilidade que o haloperidol, a clorpromazina sejam responsáveis pára esses defeitos.
F. ANTIINFLAMATORIOS NÃO ESTEROIDICOS
Os AINES não parecem implicados em teratogenese, porem, parece que esse tipo de substancia, administrada no terceiro trimestre, aumenta a incidência do oligoamnios, gravidez prolongada, oclusão precoce de ducto arterioso (com hipertensão pulmonar fetal), Nem os inibidores seletivos de ciclooxigenase (celecoxibe, rofecoxib) não devem ser utilizados no terceiro trimestre da gravidez.
O paracetamol, por causa da sua toxicidade hepática fetal, também tem que ser usado com muita cautela.
G. NARCOTICOS
Apesar de não induzir malformações podem provocar síndrome de abstinência ao recém-nascido (por exemplo, heroína).
H. ANESTESICOS
Estudos controlados mostraram que o uso de halotano e de bupivacaina aumenta a incidência de malformações fetais.
  • ANTINEOPLASICOS E SUPRESORIOS
Geralmente, são remédios totalmente contraindicados na gravidez, enquanto esse tipo de remédio mexe com o metabolismo celular, com a divisão, etc.
O metotrexato e a ciclofosfamida são totalmente contraindicados.
A azatioprina pode causar pancitopenia fetal e, por animais de experiência, e teratogênica. Também, tem que ser evitada.
Ciclosporina parece que pode ser  usada na gestação, mas não e uma opinião de consenso geral.
  • VITAMINAS E HORMONIOS

J.1. VITAMINA A
Em todas as apresentações dela (ISOFACE, ISOTRETINOIN, etc.) o abuso desta vitamina pode induzir malformações fetais.
J.2. DANAZOL E TESTOSTERONA
Sendo elas com efeito androgênico, podem produzir virilização do feto feminino.
  • TALIDOMIDA
E um notório mutageno humano que já foi proibido em muitos países, parece que da problemas de ouvido (surdez). Nos Estados Unidos esta proibido já completamente, no Brasil ainda esta usado por tratamento da hanseníase e do lúpus refratário, mas esta completamente contraindicado nos casos de gravidez
  •  DROGAS ILICITAS
  • Marijuana (delta 9 tetraidrocanabinol), em doses altas pode induzir malformações aos animais de experiência. Contudo, não existem provas de teratogenicidade por a espécie humana.
  • Cocaína esta relacionada com o descolamento prematuro da placenta, aumento da mortalidade fetal, também, com varias malformações dos membros, do trato geniturinário, defeitos cardíacos, atresia intestinal.
  • Heroína esta associada com o aumento do morbidade fetal. Pode haver crescimento intrauterino retardado, morte perinatal, e síndrome de abstinência, em 40-80.
Os filhos das mães viciadas podem apresentar retardo em desenvolvimento e alterações de comportamento durante a infância.
CONCLUSÕES:
  • A gravidez e um estádio cada vez inédito por mulher, e toda atenção possível do medico tem que ser focalizada desde que existem os sinais prováveis;
  • O cadastro da grávida e uma das primeiras prioridades, seguida pelos exames anamnesticos, físicos e de laboratório. O acompanhamento correto da gravidez pode reduzir a mortalidade perinatal e materna, e pode diminuir a incidência das complicações;
  • O primeiro trimestre da gravidez e o mais delicado – o medico tem que saber que um mínimo sintoma pode esconder um distúrbio importante, e que o produto de conceito pode sofrer modificações importantes. Um exemplo importante e a emese gravídica, que, na forma comum não apresenta perigo, mas na forma grave pode ate provocar a morte da grávida.
  • A alimentação e a medicação da grávida e individualizada e tem uma importância fundamental. Uma atenção diferente tem que ser considerada respeito aos drogas e os remédios existentes.
  • Nenhuma grávida não e igual a outra. A estereotipia do exame de especialidade tem que ser evitada e o medico vai ter que individualizar o acompanhamento e somente se basear nos princípios. A futura mãe tem que sentir-se segura e saudável, para conseguir atravessar um período difícil e imprevisível como e uma gestação.
BIBLIOGRAFIA
1. Vârtej, Petrache - OBSTETRICA FIZIOLOGICA SI PATOLOGICA (A OBSTETRICA FISIOLOGICA E PATOLOGICA) Editura ALL, Bucareste, Romênia, 1997 ISBN 973 - 571 - 158 - 3
2. Vârtej, Petrache - GINECOLOGIE (GINECOLOGIA) - Editura ALL, Bucareste, Romênia, 1997, ISBN 973-9229-68-9
3. P. R. Vade-mécum 2005-2006 Brasil
4. BENSON R. C. - Handbook of Obstetrics & Ginecology, 8-th edition ed. Lange 1983
5. Harrison Principles of Internal Medicine, XIII edition
6. ELEMENTE CHEIE IN ASISTENTA PRENATALA (Noçoes-chave na assistência pré-natal) CD-Media editado de Colegio dos Medicos da Romenia com apoio do SECS, USAID, UNAID, 2005.

Fonte:http://www.misodor.com/PRENATAL.html

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